Inúmeras são as causas das enxaquecas , pois é uma dor caracterizada por ser latejante, forte, unilateral e com a presença de fotofobia e náuseas. São geralmente acompanhadas por alteração de humor. É importante saber que o tecido cerebral é quase insensível a dor, mas os vasos sanguíneos, nervos e membranas são sensíveis.
Já no caso das cefaléias tensionais recorrentes (associadas ao estresse e a fadiga) podem gerar uma crise de enxaqueca. Uma fadiga intelectual ou um excesso alimentar podem também desencadear essa crise.
Mas em uma visão psicossomática, a Cabeça está relacionada ao domínio e ao controle. Alexander dita que “refere-se a enxaqueca como um desenvolvimento emocional atrasado, mas com inteligência superior.”
Os traços típicos da personalidade são: perfeccionismo, ambição, competição,incapacidade de delegar funções. São pessoas que controlam seus impulsos. Controle e calma aparentes, mas com uma ira reprimida. O paciente precisa conscientizar-se desta raiva e não reprimi-la, saber expressá-la através da fala é importantissímo.
A dor crônica sempre está endereçada para alguém ou para alguma coisa. Podemos perguntar : Qual o significado deste adoecimento para ti? Para quem estas dores estão endereçadas? É importante tratar a pessoa e não somente colocar o foco na doença . A doença pode ser entendida como um sintoma de um desequilíbrio do organismo. Em pacientes que sofrem de enxaqueca podemos perguntar : Sobre o que não queres mais pensar?
A crise vem em momentos que não queremos mais pensar sobre determinado assunto ou tarefa. Precisamos então, ficar sozinhos em silêncio, num quarto escuro, sem estímulos, a dor faz com que não consigamos pensar em mais nada. Esta é a forma que o organismo tem de se defender perante a sobrecarga mental.
Todos somos somatizadores. Precisamos aprender a perceber os nossos sentimentos, identificá-los e liberá-los através da expressão e da comunicação para que eles não se expressem através da dor.